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Ortorexia Nervosa: você sabe se tem?


Nunca na sociedade nos preocupamos tanto com a alimentação como agora. Nossa geração pode ser lembrada como aquela que buscou incessantemente melhorar a ingestão dietética e os hábitos de vida saudável. Talvez sejamos assim por termos visto quantos problemas a má alimentação trouxe para nossos pais, que ficaram doentes e acima do peso em poucas décadas.


A cada dia surgem mais nutricionistas e educadores físicos, além dos nutrólogos, blogueiros, programas na TV e pessoas interessadas na ciência da nutrição para compreender os alimentos e tudo que está envolvido em torno deles. A alimentação é o grande foco, mas existe um limite e devemos respeitá-lo. Quando essa busca se torna uma obsessão existe a possibilidade de termos instalado um quadro de Ortorexia Nervosa (ON).


Cuidar da saúde é maravilhoso. Escolher corretamente os alimentos, saber avaliar uma lista de ingredientes ou uma tabela nutricional é importante; se preocupar com a procedência e o contexto dos alimentos que ingerimos também é especialmente valioso para nos proporcionar uma vida mais saudável. Tudo isso é lindo e deve ser estimulado, mas tudo que vira um vício deixa de ser saudável e passa a ser auto destrutivo.


Mas, afinal, o que é a Ortorexia Nervosa?


A Ortorexia foi descrita pela primeira vez na literatura em 1997 por Bratman em uma revista não-científica. Ele definiu a ON como "uma fixação na alimentação saudável". Atualmente a ON não é considerada uma doença; médicos e estudiosos têm questionado se a Ortorexia deve ser considerada um transtorno, uma dependência comportamental ou um hábito dietético extremo.


O que caracteriza a Ortorexia Nervosa?


Foco obsessivo em comer "saudável" marcado por uma angústia emocional exagerada em relação a escolhas alimentares percebidas como inadequadas. Esse comportamento pode resultar em perda de peso, mas esse não é o objetivo principal do indivíduo, e sim alcançar a saúde ideal.


O comportamento compulsivo e a preocupação mental tornam-se clinicamente prejudiciais pela desnutrição, perda de peso severa ou outras complicações médicas da dieta restrita; aflição interna ou prejuízo do funcionamento social, acadêmico ou profissional; imagem corporal, auto-estima, identidade e/ou satisfação excessivamente dependentes do cumprimento do comportamento alimentar "saudável" autodefinido.


Outros traços de Ortorexia são:


- Foco obsessivo na escolha de alimentos, planejamento, compra, preparação e consumo;

- Alimento considerado primariamente como fonte de saúde em vez de prazer;

- Angústia ou repulsa quando estiver próximo de alimentos proibidos;

- Fé exagerada de que a inclusão ou eliminação de determinados tipos de alimentos pode prevenir ou curar doenças ou afetar o bem-estar diário;

- Mudanças periódicas nas crenças alimentares, enquanto outros processos permanecem inalterados;

- Julgamento moral dos outros com base em escolhas dietéticas;

- Distorção da imagem corporal em torno do senso de "impureza" física em vez de peso;

- Crença persistente de que as práticas dietéticas promovem a saúde apesar das evidências de desnutrição [ou de outros sinais de falta de saúde como constipação/diarreia, escassez de gordura corporal, problema nas articulações, etc).


Se reconheceu algum desses fatores como presentes na sua vida, tome cuidado, pois você pode ter ou estar desenvolvendo a Ortorexia Nervosa. No próximo post da semana que vem estarei trazendo um dos testes para detectar a Ortorexia.


Como eu sempre digo, o mais importante é o equilíbrio, então cuidado com os extremos. Não ser saudável é um problema, mas ser excessivamente saudável também é. Vamos cuidar para que não passemos pela doença, mesmo que ela venha com cara de saúde.



Um Beijo da Nutri,

E VIVA NA MEDIDA!



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